terça-feira, 23 de março de 2010

Afinal, terapia é coisa de louco?

Este post serve para expor o meu ponto de vista sobre o que é e para que serve uma terapia e quero deixar bem claro, desde o início, que aqui me refiro à terapia cognitiva que é a que mais conheço.

As pessoas normalmente me procuram porque algo não vai bem em suas vidas; pode ser porque há a sensação de que alguma coisa poderia ser melhorada ou porque existe um comportamento ou uma situação incomodando de verdade. Não considero essas pessoas doidas por procurarem ajuda, da mesma maneira como me soa normal quando alguém que tem dor de dente e vai ao dentista. Ou seja, o primeiro mito que existe sobre terapia é esse: isso é coisa de gente doida. Até acredito que um dia possa ter sido assim, porque há muito tempo só se procurava algum tipo de ajuda deste tipo quando se estava, literalmente, à beira da loucura.

Hoje em dia, já é diferente. Nessa era em que tanta informação circula livrevemente, as pessoas tendem a se cuidar mais. É claro que existe a influência do quanto o calo aperta... Normalmente, quem procura ajuda é quem já não aguenta mais. E eu me pergunto, porque não facilitar as coisas? Porque é assim que eu vejo a terapia: um processo de facilitação, um consultoria que tem como objetivo desenvolver algumas habilidades que possam estar mais deficientes e ajudar a pessoa a lidar melhor com seus problemas e desafios. Só. Nada muito milagroso nem eterno.

Gostaria de saber se mais alguém compartilha minha opinião e também quero ouvir outras formas de pensar. Sou toda ouvidos (e teclados).

5 comentários:

  1. Oi Ana,

    Concordo com você. Já fiz análise duas vezes e em ambas tive a oportunidade de me conhecer melhor e lidar melhor com os problemas que estava enfrentando.

    Também acho que análise não deve ser eterna; para mim ela deve ajudar o paciente nas questões mais críticas e de certa forma educá-lo para lidar com seus futuros problemas.

    Ainda não fiz análise cognitiva, mas é meu objetivo, pois a abordagem me agrada muito.

    Chantal

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  2. Oi Ana!
    Finalmente consegui postar um comentário! Adorei o tema de hoje! Acho muito importante educar as pessoas a respeito do que é a terapia e desmitificar esse conceito errado que muitas pessoas ainda têm.
    Ah, eu comentei sim sobre o seu blog lá no Vigilantes da Autoestima! Acho que pode ser bastante útil para as outras "vigilantes"!
    Um beijão,
    Elisa

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  3. Olá Chantal e Elisa,
    obrigada pela opinião de vocês.
    Eu realmente gosto de uma terapia que seja mais focada em ajudar o paciente a desenvolver habilidades (sejam elas aprender a dizer "não", se organizar, ou controlar os impulsos) e depois deixá-lo andar com as próprias pernas. Adoro o efeito: não gera dependência e o paciente ganha auto-confiança.

    um beijão pra vcs

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  4. Oi Ana,sou estudante de psicologia e amo d+ psicologia.encontrei seu blog por um acaso,mas com certeza tem me acrescentado muito !
    no meu blog tento escrever sobre psicologia de forma fácil e sem preconceitos assim como o seu.
    Comentando sobre este post fico muito feliz da psicologia hoje ser vista com outros olhos e das pessoas terem mais acesso aos profissionais. Pois vivi uma infância onde não se tinha acesso mesmo com problemas muito graves de abuso e etc....
    Fico muito feliz que as pessoas tenham visto a importância desses profissionais,o amor com o qual se dedicam... e feliz também pela proximidade que a internet deu a todos....
    Parabéns pelo blog e espero voltar aui sempre.
    bjs

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  5. Oi, Sheila. Seja bemvinda e apareça quando quiser. É sempre bom ter a companhia de colegas da psicologia.
    Pois é, essa visão tem aparecido mais, embora ainda precise ganhar mais força para que aqueles que necessitam, realmente procurem o serviço. Bom, nada que o tempo (e o nosso trabalho) não dêem um jeito, não é?
    beijos

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