quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O que podemos aprender com Matt Damon

Outro dia, vi o filme “Perdido em Marte”  e fiquei muito impressionada. Não pelos efeitos visuais, mas pela postura do personagem principal. E, como nada há nada melhor que um bom exemplo pra deixar claro do que estamos falando, resolvi escrever sobre isso.

No último post, falei um pouco sobre o comportamento estratégico  e, hoje, vou analisar o comportamento do Watney (Matt Damon) neste filme. Não pretendo deixar nenhum spoiler no texto , então, caso você ainda não tenha visto o filme, pode ficar tranquilo e aproveitar o post.

Mesmo se tratando de uma situação fictícia, a postura do personagem principal é bastante real e aplicável a várias situações aqui da Terra.

“E do que exatamente você está falando, Ana? “

Caro leitor, o que me chamou a atenção foi o fato do astronauta focar num problema por vez.

“E isso é digno de nota?” Até imagino alguns de vocês dizendo..

Sim! E muito. Principalmente porque ele se opõe a uma estratégia comumente utilizada que é, diante de problemas, pensar na pior possibilidade e se focar apenas nisso.

A função de “pensar no pior” pode ser se preparar para lidar com ele quando este vier a acontecer (se acontecer). A proposta até poderia ser louvável se fosse verdadeira. De fato, o que acontece é que, ao se focar apenas no pior, as pessoas sofrem, ficando desesperançadas e paralisadas.

É comum imaginar que, se você se concentrar no pior, não vai se surpreender quando ele acontecer e, portanto, conseguirá digerir mais rápido o fato e lidar melhor com a situação de uma forma geral.
Mas a questão que faço é: pensar que as coisas não vai dar certo ajuda a resolver problemas?

Não tenho uma resposta fechada para esta pergunta, mas minha observação do dia a dia me dá algumas informações importantes: percebo que as pessoas ficam tristes, desesperadas, não conseguem enxergar o próximo passo a ser dado, deixam de conversar umas com as outras, não conseguem se concentrar em outras atividades, não conseguem raciocinar direito nem pensar em alternativas. Aí, me vem uma pergunta um pouco diferente: com tudo isso junto, como alguém conseguiria resolver o que quer que seja?

E aí é que entra o Matt Damon.
Se ele, na situação em que se encontra no filme, fosse usar a estratégia de pensar no pior o que aconteceria? 

Ele optou por usar a estratégia de focar no problema da vez e deixar a cabeça “livre” para pensar em alternativas para aquele problema. E só. Quando a questão se resolvia, usava a mesma estratégia para o próximo problema. E assim por diante.

Qual foi o resultado disso tudo?
Ai, eu não vou contar para não estragar a experiência de quem ainda não viu esse concorrente do Oscar.Mas um resultado eu posso relatar: chegar mais longe do que ele imaginava no momento e construir, gradualmente (bem passo a passo mesmo), as condições necessárias para chegar onde ele queria.


E agora, cabe a pergunta: qual estratégia que você mais usa quando tenho um problema ou uma dificuldade pela frente? Observe-se e perceba se você tende a focar no pior e paralisar ou a colocar a atenção no problema da vez. Ter essa consciência ajudará a perceber se é ou não necessário mudar (para facilitar sua vida, trazer melhores resultados e mais satisfação). Se for o caso de mudar, assistir "Perdido em Marte" pode ser uma forma divertida de observar uma forma nova de encarar as dificuldades e um bom ponto de partida para treinar novas ideias e comportamentos.

Ana Carolina Diethelm Kley
Para me adicionar no Twitter: @AnaDKley

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Vamos falar sobre comportamento estratégico

No post anterior falei sobre vitimização e prometi que apresentaria uma maneira alternativa de encarar as dificuldades da vida. Pois bem! Apresento-lhes o comportamento estratégico!

Oi?

Uma reação estratégica é aquela que se adapta melhor às situações e que, por causa disso, costuma gerar resultados melhores. Acho que ficará mais claro sobre o que estou falando caso eu descreva essa postura, que é composta de alguns comportamentos e formas de pensar bem característicos. Então, vamos lá:

- há a tendência em enxergar o problema ou a dificuldade do tamanho que ela realmente tem (sem tirar "conclusões" terríveis e generalizadas sobre si ou a vida baseadas nisso, ou pensar que aquilo é insuportável)
- essa maneira mais simples e direta ajuda a ser prático e a usar sua energia para resolver o problema (ao invés de ficar pensando um monte de coisas pessimistas e fatalistas, se desanimar e não fazer nada)
- toma-se, como pressuposto, que coisas negativas acontecem com todo mundo (não só com você). É chato, mas não é nada de extraordinário
- outro pressuposto: todo mundo tem dificuldades em uma coisa ou outra (você não é o único).  É chato, mas não é nada de extraordinário
- estabelece-se uma meta em relação ao problema enfrentado e, além disso, se pensa em estratégias/ações para chegar na meta (ao invés de gastar tempo remoendo a situação)
- foca-se no presente (relevante mesmo é o que acontece agora)
- há a tendência em investir o tempo e energia em ações, situações e pessoas que agregam valor e trazem bem estar (ao invés de se fechar e se lamentar)
- há a tendência a não reclamar muito nem perder tempo com o remoer
- há mais otimismo e esperança (por quase não remoer, nem reclamar, mas agir quando necessário)
- uma pessoa que tenha uma postura estratégica costuma atrair os outros para junto de si (é gostoso estar ao lado de gente que faz a vida acontecer e que lida de forma mais pragmática com os problemas)
- tem e continuamente desenvolve o jogo de cintura diante das situações ("pra tudo tem jeito")

Parece muito bom para ser verdade?
Realmente existem pessoas que são assim?

Sim, elas existem. E, de fato, é uma postura bem interessante e que é possível, caso você treine.

No começo pode parecer estranho, afinal, se você tende a se vitimizar, o seu natural será fazer "drama" diante de situações negativas e a postura contrária (que é o simplificar), muitas vezes, pode ser visto como algo superficial. Mas, colocando atenção e sendo persistente na proposta de mudança, qualquer um pode ser diferente e desenvolver um jeito mais prático (e eficaz) de enxergar a vida e de agir.

Ana Carolina Diethelm Kley
Para me adicionar no Twitter: @AnaDKley






quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Vamos falar sobre vitimização


Decidi escrever sobre vitimização porque ela representa uma importante forma de resistência à mudança.

Traduzindo para o português:  se você quer resultados novos (e melhores!) em 2016, talvez valha a pena ficar de olho no que pode ser um obstáculo. E se ver como uma vítima da situação, com certeza, é uma postura que não ajuda ninguém a colher bons frutos.

E vou explicar o porque neste post.

Quando entramos no modo de funcionar da vítima, algumas coisas acontecem:
- nos sentimos impotentes diante daquela situação
- nos vemos como "coitados"
- provocamos nos outros
- temos pena de nós
- sentimos raiva de todos (e, não raro, da vida)
- podemos nos sentir injustiçados
- ficamos paralisados 
- não conseguimos lidar com o problema em si
- perdemos o jogo de cintura
- sentimos muita raiva (ah, eu já falei isso, né?! Achei que era bom ressaltar esse aspecto, pois pode ser muita raiva mesmo, ou uma irritação mais leve, mas que não passa)
- tendemos a remoer e remoer e remoer o assunto
- tendemos a reclamar e reclamar e reclamar e reclamar mais um pouco
- ficamos pesados e a esperança de que as coisas vão se resolver se enfraquece
- esse comportamento tende a afastar as pessoas que, num primeiro momento, até se compadecem de nós e tentam nos ajudar mas, quando percebem que o queremos é apenas reclamar (e não resolver), vão nos deixando de lado
- sobra tristeza, frustração e desânimo

Com tudo isso, como ter resultados promissores? Está aí uma boa pergunta! Eu acho que não dá. Se alguém conseguir enxergar um jeito, por favor, me escreva contando, ok?

Caso você tenha se identificado com essa descrição, não se preocupe: você pertence a um grupo aparentemente (isso é só minha observação, não vem de dados de pesquisa) bastante frequente

Ok, e o que eu faço com isso, então, Ana?

Em geral, as pessoas não funcionam assim o tempo inteiro. Então, se você prestar atenção, é possível perceber os sinais emocionais e comportamentais que mostram que o vitimismo começou, bem como os gatilhos (situações) que costumam desencadeá-lo e, uma vez percebido, é possível modificar esse padrão, se você considerar essa mudança de postura vantajosa.

Pode ser incômodo perceber a vitimização. Costuma dar uma raiva.... 

Ou pode ser libertador ver que você não é o único que funciona desse jeito e que há modos de ser diferentes a fim de ter resultados melhores na vida. 

No próximo post, falarei sobre a postura alternativa à vitimização para que você possa ponderar o que é melhor. Enquanto isso, minha sugestão é observe-se e perceba como você está em relação a isso.

Ana Carolina Diethelm Kley
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Vá até o fim

Em 2016, desejo a todos vocês, queridos leitores, muita felicidade, leveza e satisfação

E, para colaborar com isso, resolvi lembrá-los de alguns pontos importantes:
- ter clareza do que você quer é essencial para delinear o caminho (que tal fazer uma lista de metas para direcionar seu ano?)
- agir com foco ajuda a chegar onde você quer

Uma vez que uma meta (ou uma lista) te parecer interessante, ponderar sobre essa proposta ajuda a valorizar a ideia e a aumentar a motivação necessária para que ela saia do papel. Lá vão algumas perguntas úteis neste processo:
- por que fazer isso? por que não fazer?
- Quais são os custos e benefícios de colocar isso em prática?
- Quais são os efeitos desse objetivo a curto, médio e longo prazo?

Se ao responder estas perguntas, a meta pareceu valer a pena e você decidiu que quer ver aquilo concretizado, então, é hora de colocar a mão na massa.

Neste ponto, eu tenho uma proposta: que tal treinar ir até o fim? Em outras palavras: e se, em 2016, um dos seus objetivos fosse terminar tudo aquilo que você se propuser a fazer?

Diante de dificuldades, a tendência a desistir é comum e aparece sob as mais diversas justificativas (fique atento aos seus pensamentos permissivos). E não foi à toa que usei o verbo treinar: é preciso colocar atenção neste aspecto e ficar de olho em qualquer movimento ou demora excessiva que o faria desviar do seu objetivo. Às vezes, será mais fácil ir até o fim; em outras, nem tanto. Mas sempre será possível usar a situação de dificuldade para aprender algo que poderá ser usado numa oportunidade futura. 

E quanto mais você persistir, mais fácil será fazer isso em outras atividades.

Se você se interessou pelo tema, pode ouvir um podcast sobre "acabativa" do Luciano Pires clicando aqui

Boas metas e muita acabativa pra você neste ano novo!

Ana Carolina Diethelm Kley

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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Improdutividade e a voz do perfeccionismo: nem tudo é tão definitivo quanto parece

Caros leitores, aqui estou com mais um caso pessoal para compartilhar.

Foi um fato "simples", mas do qual tirei alguns aprendizados que podem ser úteis para pessoas que ficam desanimadas e/ou desesperançadas com alguma frequência.

Mas vamos ao que aconteceu:
há momentos da minha semana que são reservados para estudar, ler ou fazer quaisquer outras coisas necessárias relativas ao trabalho (fora os atendimentos) e houve um dia em que eu me senti com muito sono, absolutamente improdutiva em um destes períodos (não tinha energia nem para formular uma frase direito) por uma série de motivos. Tentei começar várias coisas e nada ia pra frente.

Aí, decidi parar de me forçar e fui fazer outra coisa (no caso, fui ver um filme). 

Até aí, você, que está de fora, pode olhar meu relato e me perguntar: "mas o que tem demais nisso tudo, Ana?"

Se você não é uma pessoa perfeccionista, poderá achar o que aconteceu normal. Porém, se você tende a se cobrar muito pode ter uma ideia do que passou pela minha cabeça (sim, eu sou/era/estou tentando deixar de ser muito perfeccionista). 

Veja a imagem e leia as frase abaixo (foi mais ou menos assim...):

- que absurdo você ver um filme/descansar quando você deveria estudar!
- onde é que isso vai parar?!

- que absurdo você estar neste nível de cansaço!

- desse jeito, não vai mais aguentar trabalhar. Você não tem condições de aguentar esse ritmo. Deveria desistir, então, Deveria deixar tudo de lado e fazer algo mais tranquilo, que te exigisse menos. 
- se você não aguenta um dia, então, não vai dar conta do que tem pra fazer pela frente.
- se você está assim agora, como vai querer mais responsabilidades? Como poderá ajudar pessoas?
- Desista! Você não foi feita pra isso.

Cruel, não? 
Eu acho! Por isso, depois de muito treinar, estou conseguindo não dar tantos ouvidos a tamanho exagero. 

Você conseguiu identificar onde está o exagero nessa forma de enxergar as coisas?
Se não conseguiu, vou deixá-lo mais claro. Vamos lá:

1) Se eu fui improdutiva um dia, sempre serei.
(o mais realista é ver que esse nível de cansaço aconteceu naquele dia, que eu tenho o poder de me recuperar e me adaptar às situações e/ou, se eu realmente achar que as coisas estão pesadas, ainda posso pensar num plano de ação para modificar isso)

2) Eu não deveria ficar tão cansada nunca e/ou sempre deveria ser produtiva.
(nenhum ser humano consegue ter a produtividade de uma máquina. Aliás, as máquinas, em geral, também precisam de um período de recesso. Sendo assim, é irreal esperar produtividade máxima de forma eterna. É preciso alocar tempo e energia para se cuidar, e isso pode dizer colocar o tempo em atividades de lazer ou mesmo dormir)

3) Se estou assim cansada, não conseguirei lidar com mais responsabilidades.
(O perfeccionismo tem mania de insinuar que as coisas que fazemos agora são preditores fiéis do futuro: se eu não sei lidar com  minhas responsabilidades agora, não terei como dar conta de outras no futuro. Ora, porque eu precisei descansar um dia, isso não quer dizer que eu deixei de ser responsável. Ninguém foi prejudicado por causa disso. As pessoas não precisam ser perfeitas para lidarem com suas tarefas, para bancarem suas vidas. Elas simplesmente fazem isso do melhor jeito que podem e as coisas acontecem).

4) Ou faz a coisa direito sempre ou é melhor nem fazer.
(Ai, esse "tudo ou nada".... depois de descansar a cabeça, consegui retomar meu trabalho melhor. As ações feitas tem sua importância relativa e, enxergar essa validade, ajuda a responder ao tudo ou nada: qualquer auxílio que eu prover, por mais que possa não revolucionar a vida de alguém, é útil para aquele que o recebe. Inútil mesmo é seguir essa voz, ficar desanimada e desperdiçar oportunidades. Se eu não for capaz de fazer algo hoje, serei amanhã, ou depois. Aliás, nesse momento, ajuda lembrar das coisas boas e úteis que já se fez em outros momentos da vida, mostrando que você é um ser capaz, mas que tem momentos de improdutividade, como todas as pessoas).

Esse foi mais um post para falar do perfeccionismo e do tudo ou nada, além de mostrar formas alternativas (e realistas) de pensar. Se me ajudou a ser mais compreensiva comigo, pode ajudá-lo também, caro leitor. É uma questão de treino.

obs.: a foto acima é do filme Whiplash, uma excelente inspiração para falar sobre rigidez, excesso de exigências e outros temas. Aguardem...

Ana Carolina Diethelm Kley
anacdkley@hotmail.com
Para me adicionar no Twitter: @AnaDKley

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Como amenizar o foco no negativo

Quando falei sobre focar demais no negativo, meu objetivo foi chamar a atenção para este hábito que, por ser automático, pode ser visto como algo natural e "normal".

Normal até pode ser, porque é bastante comum, mas não é natural. Foi algo aprendido ao longo do tempo (pode ter certeza!)...Não vou me prender, hoje, a como isso aconteceu. Prefiro refletir sobre jeitos de amenizar essa tendência.

Da mesma maneira como as pessoas que tem miopia (ou seja, uma forma distorcida de enxergar as coisas), precisam de óculos, as pessoas que tem muito foco no negativo também precisam ajustar sua forma de valorizar o que acontece.

Valorizar, neste caso, inclui enxergar e dar o peso que as coisas positivas realmente tem, sem supervalorizá-las (como faria a Poliana) e nem desprezá-las.

Muitas coisas boas e positivas que fazemos e somos acabam passando batido pela ideia de que "isso não é mais que obrigação" (portanto, não tem validade nenhuma, não diz nada demais).

A questão é que tudo o que você faz, por mais que faça parte de alguma "obrigação", é escolha sua. Você escolhe ir trabalhar todo dia (mesmo sem tanta disposição, às vezes); fazer o melhor possível, ao invés de ficar o dia inteiro enrolando no Facebook; dar bom dia pras pessoas, ao invés de fechar a cara. É você quem escolhe respeitar o sinal de trânsito, ao invés de passar no vermelho; é sua escolha também dizer "bom dia, boa tarde, obrigado, por favor". São pequenas decisões diárias que produzem bons resultados ao longo do tempo. Por que não enxergá-los como ações relevantes, que tem sua importância?

"Ah, Ana, bobagem! Pra que levar isso em conta? É tudo tão pequeno!"

Caro leitor, são de passos pequenos que a vida cotidiana é feita. Mas, clichês à parte, vamos ver se estes atos passam pela prova do contrário. Já ouviu falar dela?

Funciona assim:  se você não fizesse alguma dessas coisas (chegar no horário no trabalho, fazer o melhor possível, dar bom dia para as pessoas, respeitar o sinal vermelho), isso seria notado? Teria consequências negativas? Seria visto como uma falta?

Se a resposta for sim, então, estamos diante de um erro. O contrário de erro só pode ser um acerto. Então, essas pequenas coisas são acertos que você pratica diariamente e que te ajudam a ter resultados ao longo dos seus dias e semanas (sejam eles incorporados à rotina, como um bom relacionamento com os colegas - influenciado pelos seus "bons dias"; ou mais aparentes, como ser promovido ou concluir um grande projeto).

Considerá-los como válidos e pertinentes pode te ajudar a ter uma visão mais realista a respeito do quanto você produz e de quem você é.  Pode até ajudar a aprender com seus erros, já que uma pessoa que se sente bem consigo, geralmente, tem mais disposição para olhar para as situações  e aprender com elas (quando nossa autoestima está enfraquecida, a tendência é ficar só se criticando, sem tirar muita coisa de proveitoso da situação). 

Se você achou a ideia interessante, que tal testar? 
Observação importante: tentativas também podem ser vistas como acertos já que elas, gradualmente, te levarão mais perto do que você quer. Fica a dica...

Ana Carolina Diethelm Kley
anacdkley@hotmail.com
Para me adicionar no Twitter: @AnaDKley

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Por que focar o negativo é tão importante?

Focar no negativo é um hábito e aparece em várias situações

- as notícias que mais aparecem nos jornais (e que dão mais audiência) são aquelas que tem relação com coisas ruins; 
- numa rodinha em que estão falando de alguém, é comum focar nos pontos "fracos" do outro (felizmente, há exceções!); 
- quando avaliamos nosso desempenho, o usual é colocar a atenção no que não está tão bom,  no erro, no que "deveria ser melhor" (ou, em outras palavras: no que falta); 
- quando nos preocupamos com uma situação, tendemos a pensar em tudo o que pode dar errado (às vezes, nem lembramos que existe a possibilidade de dar certo).

Resolvi escrever sobre isso por perceber, em mim e nos outros, o estrago que esse hábito provoca. 

É como se o aspecto negativo da situação tivesse mais importância que o positivo. 
É como se o negativo quisesse realmente dizer algo relevante sobre nós, sobre a situação ou sobre o futuro, enquanto o positivo não passasse de acaso ou sorte. 
É como se tudo o que é negativo fosse um sinal de alerta importantíssimo, e não pudéssemos, de jeito nenhum, contar com a presença e a proteção do positivo.

Até acredito que essa maneira de pensar possa ter sido uma ferramenta de sobrevivência em alguma parte da evolução da humanidade. Mas será que ainda é? Desse jeito maciço que se apresenta hoje em dia?

Acredito que perdemos muito ao não enxergar o positivo com o peso que ele realmente tem:
- "pequenas" conquistas diárias como prova de capacidade, adaptação, inteligência 
- "pequenas" demonstrações como prova de que somos queridos, lembrados e que se importam conosco 
- tentativas como meios de aprendizado e que, de qualquer maneira, também são provas de inteligência, persistência e habilidade
- tudo o que conseguimos fazer como algo a mais do que era/estava

O erro cognitivo (como chamamos dentro da Terapia Cognitiva) do foco no negativo é um hábito que pode predispor as pessoas, no mínimo, à depreciação (de si e do outro), à ideia de insuficiência e de desamparo, além de, em casos mais extremos,  à depressão e ao excesso de ansiedade.

Você já parou para perceber se faz isso (principalmente com você mesmo)?

O primeiro passo para mudar é se dar conta de que você tem esse hábito mental, das situações em que ele aparece, o que você pensa e o que acaba fazendo. Para ajudar nessa percepção, sugiro um aplicativo chamado Cogni.

Lá vão os links com mais informações sobre como ele funciona:

Quando perceber que ficou desanimado (um dos sinais mais frequentes do foco excessivo no negativo), você pega o celular, abre o aplicativo e anota as informações que ele pedir. Ao longo de uma semana, você terá um histórico que poderá acessar também pelo e-mail. 

Com esse histórico, pode ficar mais fácil perceber a presença do hábito e, com a prática de questionar suas conclusões, mudá-lo. 

Ana Carolina Diethelm Kley
anacdkley@hotmail.com
Para me adicionar no Twitter: @AnaDKley














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