terça-feira, 31 de maio de 2011

Abandonar as coisas = um dos custos do perfeccionismo

Se as coisas (1) não saem EXATAMENTE do jeito que você havia imaginado de início, então, há (2) irritação, seguida por um (3) desânimo crescente e, quando você se dá conta, já está (4) largando mão das coisas e fazendo de qualquer jeito.

E o resultado final é não dar continuidade ao processo e, claro, não conseguir chegar onde você queria. Está aí um grandes custos do perfeccionismo.

Agora, vou "traduzir" o contexto acima para que você tenha mais consciência do que acontece nas entrelinhas...

(1) "Se as coisas não saem do jeito que eu imaginei, então, darão errado." (perfeccionismo exagerado)

(2) "Isso não deveria ter sido assim. Aquilo não deveria ter acontecido desse jeito" = irritação

(3) "Nada vai dar certo mesmo. Nunca vou conseguir o que quero" = desânimo

(4)  "Nada do que eu fizer vai adiantar" = desânimo + fazer as coisas de qualquer jeito

Essa tradução segue o modelo da Terapia Cognitiva segundo a qual a maneira como você interpreta uma situação influencia o que você sente e faz. Esquematicamente:

                   pensamento  => emoção => ação/comportamento

Então, as ideias expostas acima influenciam suas emoções e reações. E, claro, pensando desse jeito, ninguém dará continuidade a coisa nenhuma!

A questão é: será que, se não for do jeito que eu imaginei inicialmente, não haverá NENHUM outro jeito que me levará onde quero? E outra: o que eu fizer não terá, realmente, efeito nenhum? É isso o que eu diria para um amigo se ele estivesse na mesma situação que eu?

Refletir sobre estas perguntas pode ajudar a evitar ideias distorcidas e, assim, dar continuidade aos projetos que ajudam a vida a ter sentido.

Ana Carolina Diethelm Kley
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