Esta é uma frase que, se usada em demasia, pode trazer efeitos como sensação de impotência, comodismo e irresponsabilidade.
Como eu sempre digo aqui no blog, as ideias que passam pela nossa cabeça determinam nossas emoções e comportamentos e, neste caso, ações decorrentes da frase do título podem ser: não se responsabilizar pelos seus erros (e, portanto, ter mais dificuldade em se aprimorar na área que for), jogar a causa nos outros e/ou nas situações (fazer-se de vítima) e justificar-se.
Se você se identificou com esses hábitos, é bom ter noção também do quanto eles cobram com o decorrer do tempo; além das que já citei no primeiro parágrafo, como consequências, temos o desconforto gerado nas pessoas que convivem com você seja no trabalho ou em casa, a sobrecarga que elas sofrem pela sua postura e, ainda, a sensação de não poderem contar nunca com você.
Então, se isso não incomodar, nem precisa terminar de ler esse post.
Mas, se te causa algum desconforto e/ou se você não quer conviver com estes resultados, é bom rever a sua noção de responsabilidade, da mesma maneira como aqueles que tendem a puxar tudo para si, também o precisam.
E como fazer isso, na prática?
Vamos a um exemplo:
Situação: um trabalho que não foi entregue dentro do prazo.
Pensamento: "A culpa não foi minha. Fulano não me passou os dados a tempo" (portanto, a causa de tudo isso é 100% da falta de efetividade do Fulano)
Comportamento: Não procurar entender o que aconteceu, "lavar as mãos" e se focar em outras situações, ou se justificar muito
Agora, vamos
pensar em outros fatores que poderiam contribuir com
esta situação: neste exemplo, é verdade que o "fulano" não enviou as informações em tempo hábil, mas também, o trabalho foi deixado para a última hora porque o funcionário, que nunca tinha feito este tipo de relatório, não se planejou.
Colocando todos
os fatores, e respectivas porcentagens de responsabilidade sobre o
resultado final, temos:
- falta de planejamento para executar o trabalho (o que seria pensar antes que tipo de informação seria necessária, com quem precisaria falar e quanto tempo ele levaria para fazer o trabalho e, ainda, quais eram as outras prioridades que ele já tinha) 50%
- deixar o trabalho para ser feito na última hora 20%
- "Fulano" não enviou rapidamente as informações 15%
- desconhecimento da dinâmica do relatório (de quanto tempo era necessário para obter os dados e fazer o relatório) 15%
Diante desta avaliação
inicial, a parte que cabe ao funcionário foi de 0% para 85%. Uma diferença e
tanto, não?
Se o funcionário admitir a sua parcela de responsabilidade, pode melhorar a sua habilidade de planejamento, lidar melhor com a procrastinação e, com isso tudo, crescer muito profissional e pessoalmente. Caso ele não faça isso, bom... ele vai ter que lidar com tudo o que já descrevi aqui por muito e muito e muito tempo. Escolha dele.
Ana Carolina Diethelm
Kley
anacdkley@hotmail.com
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Nossa, sei que é vergonhoso mas sou mestre em procrastinar. As vezes a culpa é de fulano, mas tem vezes que eu assumo. Assumo não o tanto que eu gostaria, mas assumo!!!
ResponderExcluirBjus
avidamudaeutambem@gmail.com
Amei Ana! Parabéns pelo texto! Beijos :)
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