quarta-feira, 2 de maio de 2012

Uma das causas da ansiedade

Tendo como premissa que é a maneira como interpretamos o fato, e não o fato em si, o que nos leva a ficar ansiosos ou preocupados, é sempre válido aumentar nosso conhecimento a respeito dessa interpretação.

Neste post, vou falar mais um pouco sobre um padrão muito comum nos pensamentos que geram a ansiedade.

Quando estamos preocupados, tendemos a supervalorizar o perigo, desafio ou ameça e, ao mesmo tempo, subestimar nossos recursos para lidar com aquilo.

Exemplo: "E se eu não der conta deste trabalho?"

Nesta pergunta, existem duas ideias bem disfarçadas, mas que acabam dando o "peso emocional" para esta frase. São elas:

A supervalorização do desafio: falando assim parece que se trata da coisa mais demorada, difícil, desafiadora, complexa e quase impossível que alguém já foi capaz de inventar para fazer (estou exagerando a ideia de propósito, embora, emocionalmente, possa ser assim mesmo que pareça)

A subestimação  dos nossos recursos: parece, ainda, que a pessoa não tem ninguém para quem pedir auxílio, nem pode contar com sua inteligência, raciocínio, memória, organização, habilidade de planejamento. Parece, também, que ela não tem fontes de informação disponíveis. É praticamente um analfabeto funcional com mãos, pés e boca atados.

Conclusão: temos um desafio imenso para ser encarado por uma pessoa sem recursos. Com certeza, essa maneira de encarar a situação gera muita ansiedade e insegurança!

Como reagir

Embora o PAN tenha o efeito de fazermos com que subestimemos nossa capacidade, uma  das melhores maneiras de lidar com ele, e ficar mais seguro, é exatamente  lembrar dos recursos que temos a nosso dispor.

Neste exemplo que eu dei, a pessoa em questão pode resgatar tudo o que já o ajudou a dar conta de trabalhos anteriores: desde aquela moça a quem pediu auxílio uma vez, até o seu poder de pesquisar o que já deu certo antes, tirar dúvidas com seu chefe, sua inteligência, sua agenda (para organizar as coisas), o tempo que tem pela frente, sua habilidade de fazer resumos, contas, enfim, sua habilidade de aprender coisas novas.

Quando explicitamos os fatores a nosso favor para lidar com um desafio, o tamanho dele tende a diminuir. Que tal fazer o teste durante esta semana?

No próximo post, darei mais exemplos disso.

Uma ótima semana de aprendizado a todos!

Ana Carolina Diethelm Kley
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2 comentários:

  1. É interessante que diante da ansiedade, se magnifique a possibilidade de algo não dar certo e de minimizar a possibilidade de que possa vir a dar certo. Baseado em situações anteriores que não deram certo, foca-se apenas nisso, sem perceber as evidências anteriores que deram certo. Habitua-se a valorizar o que não dá certo em detrimento daquilo que se consegue. Se valorizássemos as vitórias em detrimento das derrotas, parece que alimentaríamos menos ansiedade. Muito boa a reflexão. Na expectativa dos próximos textos.

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  2. Sim, Marcio, alimentaríamos menos ansiedade. Aliás, esse é o exercício: ir contra a tendência de maximizar o que não deu certo, sem cair no extremo oposto que é dar uma de Poliana. O treino é conseguir enxergar os dois lados, bem como os recursos que temos para lidar com a situação ligada à ansiedade. Gostei bastante da sua reflexão também! Até o próximo post.

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