Neste outro universo, as coisas são muito simples: se você conseguiu bons resultados, é vencedor. Se, no final das contas, não chegou onde esperava, é um fracasso.
Não existe relativização, não existem atenuantes, não há espaço para meio termo.
Este mundo extremista existe, emocionalmente, mas não na prática. Ele pode até estar presente na maneira de enxergar de muitas pessoas, mas ele não é tão real quanto parece.
Olhemos para a habilidade de dirigir. A coisa parece ser simples: se você dirige, é um sucesso; se não consegue dirigir, é um fracassado. Mas existe um outro lado, afinal, estamos diante de algo que pode evoluir com o treino, que não é definitivo. Então, como podemos usar resultados como parâmetro pra indicar algo tão absoluto sobre alguém? Acho até razoável dizer: "aquela pessoa não é uma boa motorista" ou, então, "fulano precisa treinar mais",mas falar "você é um perdedor por não não conseguir dirigir com tranquilidade", aí é demais!
Então, antes de se rotular como alguém fracassado, que nunca vai chegar onde quer, é válido verificar se, para chegar nesta conclusão, está se baseando nos resultados de alguma habilidade. E, se estiver (o que é bem provável), você pode se perguntar: quero me desenvolver mais nisso? Quanto mais? O que preciso fazer para chegar neste nível?
Pensando deste jeito, você pode traçar um plano de ação cuja execução te ajude a enxergar que, sim, você é capaz de ter determinadas realizações, desde que se organize e persista no caminho (ao invés de, diante de alguma dificuldade, ver aquilo como um "sinal" de imperfeição e incapacidade, e desistir antes de chegar em outros resultados).
Errar ou não estar onde se quer são situações, fatos. O que você vai sentir e fazer em relação a isso depende de como você verá estas questões. Então, ficar bem e ser mais produtivo está nas suas mãos, ou melhor, na sua maneira de enxergar tudo isso.
Ana Carolina Diethelm
Kley
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Twitter: @AnaDKley
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