quinta-feira, 23 de abril de 2015

A casa, a lâmpada e o hábito de trocar de relacionamentos

Não sou especialista em relacionamentos afetivos, mas tenho algum conhecimento a respeito, o suficiente para assinar embaixo da seguinte frase:

"Um relacionamento é como uma casa:
quando queima uma lâmpada,
 você não sai e compra uma casa nova. Você conserta a lâmpada".
(autor desconhecido. Se você souber quem escreveu, por favor, me conte!)


O que tem de tão importante nessa comparação?

Ela mostra, por exemplo, que um relacionamento precisa de manutenção e cuidado constantes, assim como uma casa, para poder oferecer abrigo e aconchego (uma casa não se autolimpa, nem se autoconserta).

Que ambos tem a cara que seus integrantes dão pra eles (por isso, cada casa e cada relacionamento são únicos).

Diz, também, que com o passar do tempo é normal que as coisas se desgastem e precisem ser trocadas (casa) ou que precisem ser conhecidas, revistas e adaptadas (relacionamentos). Afinal,  as pessoas mudam o tempo inteiro e surgem novos gostos, descobertas, desafios.

Outra coisa muito interessante que se pode extrair deste trecho é que é NORMAL precisar fazer ajustes num relacionamento e que essa necessidade mostra que há duas pessoas diferentes (o que eu acabei de escrever é bem redudante, pois, pelo que eu saiba, não existem duas pessoas iguais) se conhecendo e construindo algo juntas. Então, se você está enfrentando algum desafio no seu relacionamento, isso pode ser um bom sinal! Sinal de que querem que a coisa dê certo.

Se ninguém fala nada, se ninguém mostra que não concorda, não gosta, aceita tudo ("Olha só, aquele casal nunca se desentende, que bonitinho! Como eles se dão bem!".... Sei não), talvez a coisa não esteja tão harmônica assim. Talvez, as pessoas não estejam se permitindo expressar seus gostos, limites e preferências e isso, a longo prazo, em geral, resulta em relacionamentos com alto grau de insastifação e submissão.

Isso também não quer dizer que eu acho algo maravilhoso brigar. Aliás, não me refiro a isso neste texto: refiro-me a acordos e ajustes, ao famoso win-win (onde todo mundo ganha).
E por que é necessário se dar ao trabalho de parar e acertar as arestas, de ajeitar o que não está funcionando? Por alguns motivos, dos quais destaco dois:

- porque, provavelmente, a pessoa com a qual você está não lê pensamentos (caso, leia, faço o favor de me apresentar! Gostaria muito de conhecer alguém com este poder) e, por causa disso, não sabe direito o que você quer ou não, quais são seus sonhos e objetivos, o que você prefere e do que você não gosta. Então, se quer se sentir bem, respeitado e satisfeito, diga claramente o que é necessário.

- e porque só existe um lugar no mundo em que os casais não precisam de nenhuma adaptação e seus relacionamentos, desde o momento em que seus olhares se cruzam, já são automaticamente tranquilos e todos se entendem perfeitamente: Holywood.
Se você não vive na terra do cinema e quer ter um relacionamento de verdade com intimadade e aconchego, invista na troca de lâmpadas e outros apetrechos, quando necessário.

Ana Carolina Diethelm Kley
Para me adicionar no Twitter: @AnaDKley


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